quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MÁRIO MOREIRA É O NOVO DIRETOR DA ADEPARÁ

O governador eleito Simão Jatene (PSDB) anunciou 14 novos integrantes de seu secretariado. O governador confirmou a volta de Paulo Chaves Fernandes para a Secretaria de Cultura e divulgou o nome de mais quatro secretários, um secretário adjunto, além de oito presidentes/diretores de fundações e órgãos da administração indireta. Mário Moreira, de Redenção, foi indicado para o cargo de diretor da Adepará.

Confira a lista: Secretaria de Cultura (Secult) - Paulo Chaves; Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) - Alex Fiúza de Melo; Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) - Sahid Xerfan (Adjunto: Cristian Pinheiro da Costa); Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Seplan) - Sérgio Bacury; Secretaria de Transportes (Setran) - Francisco de Chagas Melo; Companhia Paraense de Turismo (Paratur) - Adenauer Góes; Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur) - Nilson Chaves; Fundação Carlos Gomes (FCG) - Paulo José Campos de Melo; Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap) - Ana Célia de Oliveira; Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) - Mario Moreira; Hospital Ofir Loyola (HOL) - Graça Jacob; Instituto de Metrologia do Pará (Imep) - Luiziel Guedes e Lacen (Laboratório Central do Pará) - Sebastião Lira dos Santos

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CRÉDITO PARA COMPRA DO COMPUTADOR POR ALUNO

O governo federal liberou hoje uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que Estados e municípios comprem laptops para estudantes das suas redes de ensino. O crédito faz parte do Programa "Um computador por Aluno", mas Estados e municípios só poderão comprar equipamentos para, no máximo, 25% dos seus estudantes.

Levando-se em conta que o governo federal só distribuiu até hoje 150 mil laptops e não tem previsão de orçamento para novas compras, a meta que dá nome ao programa deverá levar algumas décadas para ser cumprida, além de depender, na sua maior parte, da boa vontade e dos recursos de prefeituras e governos estaduais.

Chamado de ProUca, o programa, criado em 2007, teve problemas desde o início. Na primeira tentativa de licitação, o Ministério da Educação suspendeu a compra por considerar que o preço pedido pelas empresas estava muito acima do que o governo poderia pagar. Na época, a expectativa era de US$ 100 por equipamento, mas as melhores propostas estavam em torno de R$ 1.000.

De acordo com o último censo escolar, o País tem 23,5 milhões de alunos entre os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) o ensino médio e o ensino médio profissional. Os 150 mil representam, hoje, 0,6% desse contingente. O financiamento pelo BNDES dependerá da capacidade de endividamento dos municípios e dificilmente chegará às redes mais pobres. (Agência Estado)

Pará ganhará conglomerado sustentável da Natura

O governador eleito Simão Jatene (PSDB) começará sua administração comemorando a conquista do primeiro grande conglomerado de desenvolvimento sustentável no Estado do Pará, a ser implantado pela gigante de cosméticos Natura, com um investimento inicial de R$ 200 milhões.
A Natura – presidida pelo empresário Guilherme Leal, que foi vice na chapa presidência de Marina Silva (PV) –, pretende implantar o empreendimento já em 2011 numa área localizada na estrada Belém-Mosqueiro, montando uma fábrica de sabonetes com essenciais da floresta amazônica.
Para viabilizar o conglomerado sustentável, a Natura pretende ampliar seus negócios com a Agropalma, que mantém no Pará – nos municípios de Moju, Tailândia e Tomé-Açu, uma das maiores plantações de dendê do país e já vem fornecendo gordura vegeta que a Natura utiliza em seus produtos.
Além da fábrica de sabonetes – ponto de partida – a Natura tem planos de implantar no Pará um conglomerado para fabricar produtos elaborados com essências e óleos da floresta amazônica, tornando-se uma referência mundial  na produção de shampoos, perfumes e sabonetes, gerando milhares de empregos em todo o Estado.

SEDUC SERÁ A ÚLTIMA A RECEBER

Iniciado na quinta-feira, 23, prossegue hoje o pagamento dos salários de dezembro aos servidores públicos do Estado, encerrando-se na quarta-feira, 29.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração, hoje serão pagos os funcionários da Auditoria Geral do Estado, Casa Civil, Casa Militar, Consultoria Geral do Estado, Defensoria Pública, gabinete do vice-governador, Núcleo Gestor do Programa Pará Rural, Procuradoria Geral do Estado e secretarias de Estado de Governo (Segov), de Projetos Estratégicos (Sepe), de Pesca e Aquicultura (Sepaq), de Integração Regional (Seir), de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), de Administração (Sead), da Fazenda (Sefa), de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), de Agricultura (Sagri), de Meio Ambiente (Sema), de Cultura (Secult), de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedurb), de Esporte e Lazer (Seel), de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Obras Públicas (Seop), de Saúde (Sespa), de Trabalho e Renda (Seter), de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes), de Transportes (Setran) e de Comunicação (Secom).
Amanhã, terça-feira, o Estado pagará os vencimentos do pessoal do Corpo de Bombeiros, das polícias Civil e Militar, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), da Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), da Ação Social Integrada do Palácio do Governo (Asipag), da Centrais de Abastecimento (Ceasa), da Companhia de Habitação (Cohab), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, da Escola de Governo, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Fundação Carlos Gomes, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, da Fundação Curro Velho, da Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap), da Fundação de Telecomunicações (Funtelpa), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), do Hospital de Clínicas Gaspar Viana, do Hospital Ophir Loyola, da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia (Hemopa), do Instituto de Artes do Pará, do Instituto de Metrologia do Pará (Imep), do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), da Companhia Paraense de turismo (Paratur), da Empresa de Processamento de Dados (Prodepa), da Santa Casa de Misericórdia, da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), da Universidade do Estado (Uepa), do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) e da Loteria do Estado do Pará (Loterpa).

Os servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tanto na capital quanto no interior do Estado receberão seus salários na quarta-feira, 29.










PRÉ - MATRÍCULA

Atenção, dia 03/01/2011 à  12/01/2011 o aluno novato poderá  fazer sua  pré-matrícula no site:
www.seduc.pa.gov.br
Após fazer a pré- matrícula é necessário fazer a confirmação
17/01/2011 à 21/ 01/ 2011     
Secretaria da Escola Palma Muniz. 
Ao fazer sua pré- matrícula preste atenção A Escola Palma Muniz tem o Anexo Ronan Fidélis como também o SOME e a escola sede.
 

sábado, 25 de dezembro de 2010

Ministro da Educação afirma que salário de professor será prioridade no governo Dilma

O Ministério da Educação do governo Dilma Russef deverá ter participação mais ativa nas questões que envolvem o professor, informou o ministro Fernando Haddad em entrevista à repórter Angela Pinho, publicada nesta quinta-feira na Folha.
"A novidade é o Plano Nacional de Educação, com 20 metas definidas em 170 estratégias [enviado ao Congresso na semana passada]. Tem foco acentuado no professor. Uma das metas é equalizar o salário com os outros profissionais de nível superior [hoje, há diferença de 60%]."
Ele ainda defendeu o MEC da responsabilidade sobre falhas no Enem e afirmou que o ideal é ter mais de uma prova por ano.
"Os problemas mais marcantes tiveram origem no setor privado, não no público. Uma gráfica pecou [2009] por falta de segurança e a outra por excesso de segurança [2010], porque a conferência de todos os lotes de prova dependia de um manuseio que se tentou evitar ao máximo para que não se repetisse o que houve no ano passado", comunicou.
Haddad disse que problemas como esse ocorrem em todos os lugares onde há exames desse porte. "Ou bem aproveitamos para aprender com as eventuais falhas sem abdicar de um processo transformador ou essa evolução não vai se dar por um temor que é justificável, mas superável."

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ALUNOS DA ESCOLA PALMA MUNIZ FICAM EM 2º LUGAR EM CONCURSO A NÍVEL ESTADUAL

 blog Click Atual ficou em 2º lugar a nível estadual, os criadores são os concluintes do 3º ano, Brendow Brasil, Caroline Pantoja e Ana Débora.
Parabéns! estamos orgulhos com a vitória de vocês!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

RESUMO DE OBRA LITERÁRIA

Resumo da obra.
Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
Análise da obra.

Narrado em 3ª pessoa (ao contrário das obras anteriores de Graciliano Ramos.), Vidas Secas pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos. Nesta obra não é a personagem que ressalta nele, mas o narrador que se faz sentir pelo discurso indireto, construído em frases curtas, incisivas, enxutas, quase sempre em períodos simples. A obra pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos. Possui 13 capítulos até certo ponto autônomos, mas que se ligam pela repetição de alguns motivos e temas, como a paisagem árida, a zoomorfização e antropomorfização das criaturas, os pensamentos fragmentados das personagens e seu conseqüente problema de linguagem, seu Tomás da bolandeira, a cama de varas de sinhá Vitória etc.

O que une os episódios no livro é a utilização de vários motivos recorrentes (a paisagem árida, a zoomorfização e antropomorfização das criaturas, os pensamentos fragmentados das personagens e seu conseqüente problema de linguagem, seu Tomás da bolandeira, a cama de varas de sinhá Vitória etc.), que dada a sua redundância e a maneira como são distribuídos, chegam a constituir um verdadeiro substituto da ação e da trama do livro.

Também as personagens são focalizadas uma por vez, o que mostra o afastamento existente entre elas. Cada uma tem sua vida particular, acentuando-se a solidão em que vivem. Vidas Secas é, portanto, a dramática descrição de pessoas que não conseguem comunicar-se. Nem os opressores comunicam-se com os oprimidos, nem cada grupo comunica-se entre si. A nota predominante do livro é o desencontro dos seres. Os diálogos são raros e as palavras ou frases que vêm diretamente da boca das personagens são apenas xingatórios, exclamações, ou mesmo grunhidos. A terra é seca, mas, sobretudo, o homem é seco. Daí o título Vidas Secas. O discurso do narrador é igualmente construído com frases curtas, incisivas, enxutas, quase sempre períodos simples. Escritor extremamente contido, com o pavor da verbosidade, Graciliano prefere a eloqüência das situações fixadas à eloqüência puramente verbal. O que há de libelo no livro se inclui na sua própria estrutura e não em discursos das personagens ou do autor.

Enredo.

Capítulo 1. – Mudança.
É a história da retirada de uma família, fugindo da seca. Fazem parte dela Fabiano, sua esposa Vitória, dois filhos, caracterizados pelo autor apenas como " menino mais novo" e "o menino mais velho", e a cachorra Baleia (deve-se lembrar que o romance fala em seis viventes, contando com o papagaio que eles comeram por não haver comida por perto). Nesse capítulo temos a descrição da terra árida e do sofrimento da família. As personagens não se comunicam; apenas duas vezes o pai, irritado com o menino mais velho, xinga-o. Essa falta de diálogos permanece por todo o livro, como também a intenção de não dar nome às crianças, para caracterizar a vida mesquinha e sem sentido em que vivem os retirantes, que não têm consciência de sua situação, embora, ainda nesse primeiro capítulo, Fabiano e Vitória sonhem com uma vida melhor: "Sinhá Vitória, queimando o assento no chão, as moas cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão.

Mais adiante é Fabiano quem sonha. "Sinhá Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A cara murcha de sinhá Vitória remoçaria, as nádegas bambas de sinhá Vitória engrossariam, a roupa encarnada de sinhá Vitória provoca ria a inveja das outras caboclas. e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria o dono daquele mundo. Os meninos se espojariam na terra fofa do chiqueiro das cabras. Chocalhos tilintariam pelos arredores. A caatinga ficaria verde.

Capítulo 2. - Fabiano
Mostra o homem embrutecido, mas ainda capaz de analisar a si próprio. Tem a consciência de que mal sabe falar, embora admire os que sabem
se expressar. E chega à conclusão de que não passa de um bicho.

Capítulo 3. – Cadeia.
Aqui, pela primeira vez, aparece a figura do soldado amarelo, que mais tarde voltará simbolizando a autoridade do governo. Igualmente, pela primeira vez, insinua-se a idéia de que não é apenas a seca que faz de Fabiano e sua família pessoas animalizadas. Ele é preso sem qualquer motivo e toma a analisar sua situação de homem-bicho. Só que, desta vez, não tem mais coragem de sonhar com um futuro melhor. Ao fim do capítulo, temos Fabiano ciente de sua condição de homem vencido e, pior ainda, sem ilusões com relação à vida de seus filhos.

Capítulo 4. - Sinhá Vitória.
Se as aspirações do marido resumem-se em saber usar as palavras adequadas a uma situação, a de Vitória é uma cama de couro. Também essa cama será motivo diversas vezes repetido no decorrer da obra, como veremos adiante. Além de ser a personagem que melhor articula palavras e expressões, conseqüência de ser talvez a que mais tem tempo para pensar, uma vez que Fabiano trabalha o dia todo e à noite dorme, sem ter coragem para devaneios ou para falsear sua dura realidade, ela é caracterizada como esperta e descobre que o patrão rouba nas contas do marido. (no capítulo, Contas.)

Capítulo 5. - O Menino Mais Novo.
Também ele possui um ideal na vida: o de se identificar ao pai. No início do capítulo. "Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração."

Adiante: "Evidentemente ele não era Fabiano. Mas se fosse? Precisava mostrar que podia ser Fabiano."

Em seguida: "E precisava crescer ficar tão grande como Fabiano, matar cabras à mão de pilão, trazer uma faca de ponta na cintura. Ia crescer espichar-se numa cama de varas, fumar cigarros de palha, calçar sapatos de couro cru."


E finalmente: "Ao regressar, apear-se-ia num pulo e andaria no pátio assim, torto, de perneiras, gibão, guarda-peito e chapéu de couro com barbicocho. O menino mais velho e Baleia ficariam admirados."


Capítulo 6. - O Menino Mais Velho.
"Tinha um vocabulário quase tão minguado coma o da papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender Todos o abandonavam, a cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia." O nível das aspirações dos componentes da família decresce cada vez mais. O ideal do menino mais velho é o de ter um amigo. A amizade de Baleia já lhe servia: "O menino continuava a abraçá-la. E Baleia encolhia-separa não magoá-lo, sofria a carícia excessiva."

Capítulo 7. – Inverno.
Temos a descrição de uma noite chuvosa e os temores e devaneios que desperta na família de Fabiano. A chuva inundava tudo, quase inundava a casa deles também, mas eles sabiam que dentro em pouco a seca tomaria conta de suas vidas outra vez.

Capítulo 8. – Festa.
Apresenta primeiramente os preparativos da família, em casa, para ir à festa de Natal na cidade e, em seguida, dirigindo-se à festa. É, senão o mais, um dos mais melancólicos capítulos do livro — quando as personagens centrais da história, em contato com outras pessoas, sentem-se mais humilhadas, mesquinhas e ate mesmo ridículas. Percebem a distância em que se encontram dos demais seres e isso é novo motivo de humilhação para eles. Resta a sinhá Vitória a solução do devaneio: "Sinha Vitória enxergava, através das barracas, a cama de seu Tomás da bolandeira. unia cama de verdade."

Para Fabiano, não há esperanças: "Fabiano roncava de papo para cima. Sonhava agoniado... Fabiano se agitava. soprando. Muitos soldados amarelos tinham aparecido, pisavam-lhe os pés com enormes retinas e ameaçavam-no com facões terríveis."

Capítulo 9. – Baleia.
Conta a morte da cachorra. Caíra-lhe o pêlo, estava pele e ossos, o corpo enchera-se de chagas. Fabiano resolve matá-la para aliviar os sofrimentos dela. Os filhos percebem a situação, magoados e feridos por perderem um “irmão”: "Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam..."

Já ferida, com os demais membros da família chorando e rezando por ela, Baleia espera a morte sonhando com outro tipo de vida: "Baleia queria dormir Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano. um Fabiano enorme. As crianças se esposariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás gordos, enormes."
Percebe-se, aliás, que dos seis componentes da família, Baleia é quem, ao lado de Vitória, com maior clareza, consegue elaborar seus devaneios.

Capítulo 10 – Contas
É outro capítulo melancólico. Se em Cadeia Fabiano conscientiza-se de que há no mundo homens que, por possuírem uma posição social diferente da dele, podem machucá-lo, se em Festa os familiares percebem sua situação inferior e desajeitada e sentem-se ridículos, agora chegam à conclusão de que pessoas com dinheiro também podem aproveitar-se deles. São duas as reações de Fabiano ao notar-se roubado pelo patrão: primeiro revolta, depois descrença e resignação. Vale a pena ressaltar nesse capítulo que é sinhá Vitória quem percebe que as contas do patrão estão erradas. Ela é caracterizada como a mais arguta e perspicaz dos seis viventes da família.

Capítulo 11. - O Soldado Amarelo.
Temos uma descrição mais profunda desta personagem. Observa-se que, fisicamente, é menos forte que Fabiano; moralmente é uma pessoa corrupta, enquanto Fabiano é honesto; contudo é por ele respeitado e temido, por ocupar o lugar de representante do governo.

Capítulo 12. - O Mundo Coberto de Penas.
A seca está para chegar outra vez, prenunciando mais miséria e sofrimento. Fabiano faz um resumo de todas as desgraças que têm marcado sua vida. Há muito não sonha mais. Seus problemas agora são livrar-se de certo sentimento de culpa por ter matado Baleia e fugir de novo.

Capítulo 13. – Fuga.
Continua a análise de Fabiano a respeito de sua vida. A esposa se junta a ele e refletem juntos pela primeira vez. Vitória é mais otimista e consegue transmitir-lhe um pouco de paz e esperança por algum tempo. E numa mistura de sonhos, descrenças e frustrações que termina o livro. Graciliano Ramos transmite uma visão amarga da vida dos retirantes.

Comentários.

Vidas Sêcas começa por uma fuga e acaba com outra. No início da leitura tem-se a impressão de que Fabiano e sua família fogem da seca:
"Entrava dia e saía dia. As noites cobriam a terra de chofre. A tampa anilada baixava, escurecia, quebrada apenas pelas vermelhidões do poente. Miudinhos, perdidos no deserto queimado, os fugitivos agarraram-se, somaram-se as suas desgraças e os seus pavores."

O  último capítulo, Fuga, descreve cena semelhante. "A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços franzidos rezando rezas desesperadas. Encolhido no banto do copiar Fabiano espiava a caatinga amarela, onde as folhas sêcas se pulverizavam, torturadas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se despovoou. viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher; matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao inundo, como negro fugido.

O  romance decorre entre duas situações idênticas, de tal modo que a fim, encontrando o principio, fecha a ação num circulo. Entre a seca e as águas, a vida do sertanejo se organiza, do berço à sepultura, a modo de retorno perpétuo.

Mas será apenas a seca o motivo dessa fuga? Percebemos no romance a descrição de dois mundos: o mundo de Fabiano e o mundo composto pela sociedade. Do primeiro, fazem parte Fabiano, sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo, Baleia e o papagaio. Do segundo, seu Tomás da bolandeira, o patrão de Fabiano e o soldado amarelo. Tanto as personagens do primeiro grupo como as do segundo vivem na mesma região, sofrendo todas a mesma seca. Por que não foge dela o patrão de Fabiano? Porque ele possui as terras e o dinheiro, porque ele emprega os trabalhadores segundo suas próprias leis, fazendo deles meros escravos sem qualquer direito a uma vida digna e independente.

Caracterizado como dono e opressor, o patrão não tem necessidade de fugir da seca. De seu Tomás também Fabiano sente-se distante. Porque seu Tomás era culto, sabia comunicar-se com precisão, ao passo que ele, Fabiano, só sabia grunhir e mal articulava uma ou outra palavra.

Se o dinheiro do patrão representa um fator de humilhação para Fabiano, a linguagem de seu Tomás significa a cultura e a educação que Fabiano jamais poderá possuir. E ele se humilha mais uma vez.

Seu Tomás simboliza ainda um status econômico de segurança e conforto. De fato, sinhá Vitória manifesta sempre o desejo de possuir uma cama igual a dele, e esse sonho é a mais alta aspiração que possui. O soldado amarelo, por sua vez, simboliza o governo. Metido num “fuzuê sem motivo”, Fabiano acaba preso. Temos agora um Fabiano não apenas humilhado, mas vencido, consciente de sua situação animalizada dentro de uma sociedade em que os mais fortes sempre vencem os mais fracos. E é por esse mesmo motivo que, no capítulo O Soldado Amarelo, ficando as duas personagens, lado a lado, sem mais ninguém por perto e Fabiano, podendo revidar a injustiça anteriormente sofrida, resolve deixá-lo em paz.

Fabiano entrevê na organização do Estado a entidade que humilha; o representante dessa entidade, às vezes, e até frágil, mas a estrutura condiciona o humilhado à incapacidade de reagir.

Entre os dois mundos que acabamos de descrever “não há um sistema de trocas, senão um mecanismo de opressão e bloqueio.” O que parece ser importante para Graciliano Ramos é denunciar a desigualdade entre os homens, a opressão social, a injustiça. São esses os temas de Vidas Secas, por isso foi dito no início desta análise que o livro não deve ser considerado apenas regionalista. Em momento algum o esmagamento de Fabiano e de sua família é explicado apenas pela seca ou por qualquer fator geográfico.

Já foi feita uma referência anteriormente sobre a consciência de Fabiano quanto à sua condição animalizada na sociedade a que pertence. Affonso Romano de Sant’Ana faz uma aproximação de Fabiano à Baleia, e de sinhá Vitória ao papagaio. Segundo ele, o pensamento de Fabiano, no capítulo que recebe seu nome, passa por três etapas:

"Primeiramente, ele se considera positivamente dizendo. Fabiano, você é um homem’. Depois se estuda com menos otimismo, e considerando mais realisticamente sua situação se corrige, Você é um bicho, Fabiano - Ou seja: um individuo que não sendo exatamente um homem, pelo menos sabia se. safar dos problemas. No entanto. poucas frases adiante, nova alteração se dá em suas considerações. E de homem que se aceitara apenas como um bicho esperto, ele se coloca como um animal: “o corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco. Entristeceu.

Decaindo do ponto mais elevado da escala, passando a individuo apenas esperto e depois a um semelhante do animal, Fabiano termina por se aproximar de Baleia, a quem, em contraposição, em seu diálogo-a-um ele considera. “— Você é bicho, Baleia ‘, Nesta frase estaria integrado o sentido duplo do termo “bicho. aplicado a Baleia. animal / esperteza, positivo / negativo. Uma análise mais interessada nestes levantamentos poderia perfilar dentro do livro todos os processos sistemáticos de zoomorfização dos animais, destacando principalmente os verbos e adjetivos conferidos a um e outro elemento numa mesma simbiose metafórica.

A identificação entre sinhá Vitória e o papagaio acentua-se, sobretudo no capítulo Sinha Vitória, quando ela tenta perceber o sentido da comparação que seu marido fizera do seu modo de caminhar com o do papagaio: "Ressentido, Fabiano condenara os sapatos de verniz que ela usara nas festas, caros e inúteis. Calçada naquilo, trôpega, mexia-se como papagaio, era ridícula."

A partir dai a imagem dos pés de Vitória vai se fundindo à imagem do papagaio, até que estilisticamente a superposição se destaca em frases como essas: Olhou os pés novamente. Pobre do louro. Aí o adjetivo pobre já não se refere exclusivamente ao papagaio que foi morto para matar a fome da família, mas descreve a própria sinhá Vitória tão “infeliz” como aquele “pobre louro. “ No resto do capítulo, o autor usa de um processo de recorrência da imagem da ave, agora ampliando-lhe a área semântica, referindo-se à galinha, especialmente a “galinha pedrês", devorada pela raposa.

 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A PRÓXIMA DÉCADA SERÁ A DO PROFESSOR

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou hoje (13) que a valorização do professor será o eixo central do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser entregue pelo governo ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (16).

Durante participação no programa Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor.

“O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões”, disse.

O ministro lembrou que, na semana passada, dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação – ficando atrás de Luxemburgo e do Chile.

Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade. “Agora, trata-se de acelerar o passo”, concluiu. (Agência Brasil)

PARÁ É O ESTADO QUE MENOS INVESTE DINHEIRO POR ALUNO MATRICULADO

O Pará é uma das unidades da Federação onde menos se investe dinheiro por aluno matriculado no ensino básico em escolas públicas. Cada estudante no Estado custa, ao ano, R$ 2.006,35 para o governo. Cerca de R$ 386,00 por mês, apenas. A informação é da organização não-governamental Todos Pela Educação. O montante é a soma de gastos com salários de professores, manutenção dos colégios e todos os insumos da escola. A média nacional, em 2009, ficou em R$ 2.948 por aluno ao ano.
Somente três estados têm investimento inferior ao dos alunos paraenses: Bahia (R$ 1.766,94), Paraíba (R$ 1.802,39) e Amazonas (R$ 1.868,07). A quantia apontada no Pará é duas vezes e meio abaixo do valor dos estudantes do Distrito Federal, líder no ranking. Cada aluno da capital federal equivale a R$ 4.834,43 por ano. Os dados são referentes ao acompanhamento das cinco metas do movimento para 2012: acesso, alfabetização até os 8 anos de idade, aprendizado adequado à série, conclusão na idade correta e financiamento e gestão da educação, em todo o País. A pesquisa avaliou também o índice de aprendizado em português e matemática.
No entanto, o Pará tem resultados dentro das expectativas em duas metas: a que trata do atendimento escolar, cujos indicadores revelam que 90,03% de suas crianças e jovens entre 4 e 17 anos estavam na escola em 2009; e a que trata da conclusão dos ensinos fundamental e médio na idade adequada. No ensino fundamental, pelo menos 40,51% dos concluintes tinham idade até 16 anos, enquanto no ensino médio 31,68% indicaram como idade limite 19 anos.
FONTE:
www.orm.com.br/oliberal

BOAS FESTAS!

































                                                                                                                                    

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

MATRÍCULA PARA OS ALUNOS NOVATOS

Dia 03 a 12/01/2011 Pré- Matrícula de novos estudantes, pessoa com deficência;
                   endereço eletrônico: www.seduc.pa.gov.br

17 a 21/ 01/ 2011      confirmação de matrícula dos novos estudantes da pré - matrícula. (secretaria do Ensino médio Palma Muniz)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SAIU A LISTA DE QUEM VAI FAZER A TERCEIRA ETAPA DO PROSEL DA UEPA

Para quem está ansioso com o resultado do PROSEL é só entrar no site da UEPA o endereço é:
www.uepa.br 
Boa sorte! 

AS AUTORIDADES POLÍTICAS

Pedimos as autoridades políticas que nos ajudem a reformar a nossa escola, compramos as tintas, mas só pintar melhora muito pouco, precisamos trocar a instalação elétrica de toda a escola com urgência, trocar o telhado que é o mesmo de 32 anos, arrumar os banheiros, o piso está todo remendado, já enviamos vários ofícios, mas até agora  não tivemos a resposta esperada.
Quando alguém vai nos ouvir e fazer algo?

RECURSOS DO PDDE

O Recurso do PDDE já chegou com ele compramos :
Tintas para pintar a escola;
08 armários;
04 escrivaninha
01 armário arquivo
01 bebedouro para os alunos
01 para os professores;
01 routeador ;
01 mesa para reunião;
76 cadeiras giratórias ( trocar os tecidos e colocar rodinhas);
      material para arrumar carteiras estragadas;
      material de consumo secretaria.
Fizemos milagres da multiplicação com o nosso dinheiro!

PALMA MUNIZ TERÁ SUA RÁDIO COM RECURSOS PRÓPRIOS

Podemos falar que o Evento  Arte e Educação foi um grande sucessoooo! Queremos agradecer a todos que nos ajudaram professores, alunos, pais, comunidade, funcionários.
Graças a vocês podemos  falar, vamos comprar a tão sonhada rádio!