As mulheres tiveram um índice de massa corporal (IMC) de 45 antes da cirurgia, que significa que estavam com cerca de 50 kilos a mais que o peso recomendado. O IMC é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal. Ele é determinado pela divisão do peso da pessoa pela sua altura ao quadrado.
Antes do procedimento cirúrgico, 63% das mulheres apresentaram algum problema de disfunção sexual. As pacientes que foram submetidas à cirurgia perderam em média 40% do peso em seis meses e, em uma nova avaliação, apenas 32% das mulheres ainda apresentavam alguma disfunção sexual.
Existe uma relação entre a obesidade e a alteração da produção de insulina, liberada pelo pâncreas, que pode levar a uma condição de infertilidade, conhecida como Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Esse problema está associado a ciclos menstruais irregulares, anovulação (diminuição ou parada da ovulação) e níveis elevados de hormônios, diminuindo, dessa forma, as chances de gestação.
O excesso de gordura corporal influencia, ainda, a produção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), essencial para regular a ovulação nas mulheres. Esse hormônio é responsável pela liberação do hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH), ambos fundamentais para o desenvolvimento de óvulos.
Acompanhamento médico
"Mulheres obesas que pensam em ser mãe precisam de um acompanhamento médico prévio, pois, além da dificuldade para conseguir engravidar, o risco de uma gestação complicada é muito alto", destaca o cirurgião especialista em obesidade, Dr. Roberto Rizzi. "Quanto maior o grau de obesidade, maior o problema para a mulher e para o feto".
Nestes casos, Dr. Rizzi recomenda a cirurgia bariátrica. "É muito benéfica para mulheres com obesidade extrema, é uma ajuda rápida na função sexual. Há uma melhora hormonal e na auto estima da mulher, que se sente mais bonita e atraente", diz. Quase todas as mulheres do estudo relataram melhoras em todos os aspectos da função sexual, incluindo o desejo, excitação e satisfação.
A cirurgia de redução do estômago para perda de peso é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja homem ou mulher. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas à obesidade.
A cirurgia, porém, não garante a redução de peso em definitivo. O paciente precisa fazer uma adaptação a sua nova realidade e contar com acompanhamento de profissionais da saúde para se adaptar a sua nova rotina. "O paciente perde muito peso com a cirurgia, porém, para manter o peso saudável é preciso uma mudança radical no estilo de vida e adotar hábitos saudáveis, como controlar a alimentação e praticar atividades físicas", ressalta Dr. Rizzi.
fonte: www.yahoo.com.br
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