domingo, 16 de junho de 2013

No Pará, 200 mil jovens não estudam nem trabalham



Uma questão dramática, que precisa ser enfrentada pelo Brasil, segundo os especialistas convidados pela Vale, é a evasão de talentos do magistério. O fenômeno é motivado por diversos fatores, dos quais três podem ser considerados determinantes – condições inadequadas de trabalho, baixo padrão de remuneração e falta de reconhecimento pelo mérito.
Segundo Andrea Ramal, o Brasil convive hoje com um déficit de 300 mil professores, nas mais diferentes áreas de ensino. A interação de todos esses fatores gera como resultado o ingresso, no mercado de trabalho, de profissionais carentes de habilidades e competências específicas, dando causa ao que se denominou chamar de “apagão de mão de obra” e obrigando as empresas investirem, elas próprias, na qualificação de seu pessoal.
Não surpreende, assim, destacou Andrea Ramal, que a “geração nem nem”, assim chamados os jovens entre 18 e 25 anos que nem estudam e nem trabalham, esteja crescendo de forma exponencial no Brasil. Hoje estima-se que eles correspondam a um em cada grupo de cinco, num total estimado já em 5,3 milhões de jovens – dos quais mais de 200 mil somente no Estado do Pará. “E isso num país em que não faltam vagas no mercado. O que falta é gente qualificada”, enfatizou.

(Diário do Pará)

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